A
prática de dedicar um dia à comemoração de todos os falecidos
aparece pela primeira vez com o bispo Isidoro de Sevilha, que ordenou
a seus monges oferecessem o sacrifício da Missa pelas almas dos
defuntos no dia seguinte ao Domingo de Pentecostes.
O
verdadeiro ano do nascimento do Dia de Finados, conforme Padre
Dorival Barreto, é o de 998, quando o Abade São Odilão de “Cluny”
(994-1048) decretou que em todos os mosteiros sob sua jurisdição se
fizesse a comemoração festiva de todos os fiéis defuntos no dia 2
de novembro. Na oportunidade, sempre segundo o pároco da Catedral, o
Abade acrescentou que "se algum outro quiser seguir o exemplo de
nossa piedosa invenção, participe de todos os bons votos e
pedidos".
No
Missal de Paulo VI (1970), a liturgia da Missa dos defuntos foi
enriquecida de modo especial com novos "Prefácios de defuntos",
além do antigo. Por esses prefácios se percebe que a nova Liturgia
cuida de expressar o sentido da morte cristã (Sacrosanctum Concilium
81), e proclama o mistério pascal de Cristo, em vez de se
entristecer, "como os outros que não têm esperança" (1Ts
4, 13), comenta Padre Dorival.
Todas
as leituras, bem como os cânticos das três missas da comemoração
dos defuntos são marcados pela fé no mistério pascal e pela
súplica no sentido de que seja concedida aos mortos a graça de
participar para sempre neste mistério. Com esta celebração, “a
Igreja recorda as pessoas que marcaram nossa vida e a vida da
comunidade, dedicando este dia àqueles que morreram no sinal da fé
e foram destinados à eterna comunhão com Deus”. Por isso,
conclui, “somos chamados a rezar pelos nossos entes queridos na
certeza de que eles gozam da glória eterna dada pelo Pai celeste”.
Fonte: Site de serviço
Dom Helder Câmara
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