Se a reta é o caminho
mais curto entre dois pontos, a curva é o que faz o concreto buscar
o infinito.
Oscar Niemeyer nasceu na cidade do
Rio de Janeiro em 1907, mesmo ano em que a cidade recebeu o sistema
de luz elétrica. Em 1928, ele se casa com Annita Baldo, filha de
imigrantes italianos, com quem ficou casado por 76 anos, até o
falecimento dela em 2004. A filha do casal, a designer e marchand
Anna Maria Niemeyer, faleceu em junho deste ano, aos 82 anos. Desde
2006, quando tinha 98 anos, o arquiteto é casado com a sua
secretária Vera Lúcia Cabreira.
Um ano depois de se casar pela
primeira vez (1929), Niemeyer passa a integrar a Escola Nacional de
Belas Artes do Rio de Janeiro, que, dois anos mais tarde, começou a
ser dirigida pelo arquiteto Lúcio Costa. Em 1932, ele passa a atuar
profissionalmente no escritório de Costa. Os dois participariam
juntos, nos anos 1950, do planejamento da nova capital federal,
Brasília, a convite do então presidente da República Juscelino
Kubitschek.
Dentre as obras mais célebres
assinadas pelo arquiteto carioca estão a sede do Ministério da
Educação e Saúde, o antigo MES (1936), quando a capital federal
ainda era o Rio de Janeiro, a Igreja da Pampulha (Belo Horizonte –
1940), a sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova
Iorque (1947), o Edifício Copan (São Paulo – 1951), o Palácio do
Planalto (Brasília – 1958), a sede do Partido Comunista Francês
(Paris – 1964), o Sambódromo da Marquês de Sapucaí (Rio de
Janeiro – 1984) e o Museu de Arte Contemporânea (Niterói – RJ –
1996).
Em 1945, filiou-se ao Partido
Comunista Brasileiro (PCB) e sempre deixou claro seu alinhamento com
o pensamento de Karl Marx. No ano de 1956, idealiza o cenário da
peça teatral Orfeu da Conceição, de autoria de Vinícius de
Moraes.
Durante a Ditadura Militar, morou em
Paris, onde chegou a montar um escritório em 1972. Ao longo de sua
vida, recebeu diversas condecorações em reconhecimento pelo seu
trabalho, como o Prêmio Imperial da Associação de Arte do Japão
(2004).
Carioca
Nascido no bairro de Laranjeiras, no
Rio, Oscar Niemeyer se formou em arquitetura e engenharia na Escola
Nacional de Belas Artes em 1934. Em seguida, trabalhou no escritório
dos arquitetos Lúcio Costa e Carlos Leão, onde integrou a equipe do
projeto do Ministério da Educação e Saúde.
Por indicação de Juscelino
Kubitschek (1902-1976), então prefeito de Belo Horizonte, Niemeyer
projetou, no início dos anos 1940, o Conjunto da Pampulha, que se
tornaria uma de suas obras brasileiras mais conhecidas.
Em 1945, o arquiteto ingressou no
Partido Comunista Brasileiro (PCB), entrando em contato com Luiz
Carlos Prestes e outros políticos. Ao longo das décadas, travou
amizades com diversos líderes socialistas ao redor do planeta,
viajando constantemente à União Soviética --conjunto de países
comunistas liderado pela Rússia-- e a Cuba.
Em 1947, Niemeyer fez parte da
comissão de arquitetos que definiria o projeto da sede da
Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova
York. A proposta elaborada por Niemeyer com o franco-suíço Le
Corbusier serviu de base para a construção do prédio, inaugurado
em 1952.
Durante os anos 50, projetou obras como o edifício Copan e o parque Ibirapuera, ambos em São Paulo, além de comandar o Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Novacap, responsável pela construção de Brasília.
Durante os anos 50, projetou obras como o edifício Copan e o parque Ibirapuera, ambos em São Paulo, além de comandar o Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Novacap, responsável pela construção de Brasília.
Ao lado de Lúcio Costa, ajudou a
dar forma à nova capital, concebendo edifícios como o Palácio da
Alvorada e o Congresso Nacional. Inaugurada em abril de 1960,
Brasília transformou a paisagem natural do Brasil central em um dos
marcos da arquitetura moderna.
Impedido de trabalhar no Brasil pela
ditadura militar, Niemeyer se mudou em 1966 para Paris, onde abriu um
escritório de arquitetura. Projetou a sede do Partido Comunista
Francês, fez o Centro Cultural Le Havre, atualmente Le Volcan,
realizou obras na Argélia, na Itália e em Portugal.
Após a anistia, retornou ao Brasil,
no início dos anos 1980. No Rio, projetou os CIEPs (Centros
Integrados de Educação Pública, apelidados de "brizolões")
e o Sambódromo, durante o primeiro governo de Leonel Brizola no
Estado (1983-1987).
Em 1988, Niemeyer se tornou o primeiro brasileiro vencedor do prêmio Pritzker --o Oscar da arquitetura. Depois dele, Paulo Mendes da Rocha recebeu a honraria, em 2006. Ainda em 1988, Niemeyer elaborou o projeto do Memorial da América Latina, em São Paulo.
Em 1988, Niemeyer se tornou o primeiro brasileiro vencedor do prêmio Pritzker --o Oscar da arquitetura. Depois dele, Paulo Mendes da Rocha recebeu a honraria, em 2006. Ainda em 1988, Niemeyer elaborou o projeto do Memorial da América Latina, em São Paulo.
Nos anos 1990 e 2000, a produção
de Niemeyer continuou em alta, com a inauguração do Museu de Arte
Contemporânea de Niterói (RJ), o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba,
e o Auditório Ibirapuera, dentro do parque, em São Paulo.
Em 2003, exibiu sua versão de um
pavilhão de exposições na tradicional galeria londrina Serpentine
--que todo ano constrói um anexo temporário.
Em 2007, projetou o Centro Cultural de Avilés, sua primeira obra na Espanha, construída durante três anos ao custo de R$ 100 milhões. Inaugurado em março de 2011, o Centro Cultural Internacional Oscar Niemeyer foi fechado após nove meses, em meio ao agravamento da crise econômica, desentendimentos entre o governo local e a administração do complexo no dia do aniversário de 104 anos de Niemeyer. Em meados de 2012, no entanto, o centro foi reaberto.
Em 2007, projetou o Centro Cultural de Avilés, sua primeira obra na Espanha, construída durante três anos ao custo de R$ 100 milhões. Inaugurado em março de 2011, o Centro Cultural Internacional Oscar Niemeyer foi fechado após nove meses, em meio ao agravamento da crise econômica, desentendimentos entre o governo local e a administração do complexo no dia do aniversário de 104 anos de Niemeyer. Em meados de 2012, no entanto, o centro foi reaberto.
Mais de 60 anos após a realização
do Conjunto da Pampulha, o arquiteto voltou a assinar um projeto de
grande porte em Minas Gerais em 2010, com a inauguração da Cidade
Administrativa do Governo do Estado, na Grande Belo
Horizonte.
Atualmente, em Santos, está em execução o projeto de Niemeyer para o museu Pelé. A previsão é que a obra seja concluída em dezembro de 2012.
Atualmente, em Santos, está em execução o projeto de Niemeyer para o museu Pelé. A previsão é que a obra seja concluída em dezembro de 2012.
Fonte:
(Gazeta do Povo 06/12/12)
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