Curitiba completa
amanhã uma década sem um de seus grandes personagens: o escritor
Jamil Snege. Carinhosamente chamado de “Turco” pelas centenas de
“amigos e apóstolos”, Snege nasceu em Curitiba em 1939. Nunca
deixou a cidade até morrer de câncer no ano de 2003.
Além de publicitário
de destaque, Snege publicou 11 livros, entre eles O Jardim, a
Tempestade (minicontos, 1989), Como Eu Se Fiz Por Si Mesmo (memórias,
1994) e Os Verões da Grande Leitoa Branca (contos, 2000).
Para lembrar os dez
anos sem o autor, a Biblioteca Pública do Paraná (BPP) promove
amanhã, a partir das 19 horas, um bate-papo com escritores que foram
amigos de Snege. Os colunistas da Gazeta do Povo Cristovão Tezza
e Miguel Sanches Neto vão debater a respeito da vida e da obra
do autor. Após o bate-papo, no hall térreo da BPP, será aberta uma
exposição com fotos de Daniel Snege, filho mais velho de Jamil.
Para Miguel Sanches
Neto, Snege é um autor “muito comentado mas, menos lido do que
deveria”. “Sua escrita conserva a visão impiedosa e irônica que
ele tinha sobre a condição humana.” Para Sanches Neto, a obra do
autor pode ser dividida em três fases. “Há uma vertente mais
autobiográfica, em que ele transformou a própria vida em
literatura, uma fase absolutamente experimental em matéria de
linguagem e outra em que ele criou narrativas ficcionais. Todas muito
ricas”, observa.
Dossiê
Como parte da homenagem, o jornal Cândido,
editado pela BPP, traz na edição de maio um dossiê a respeito da
obra de Snege, com reportagens mostrando a relevância do autor, hoje
estudado em universidades e festejado pela nova geração de
escritores brasileiros. Destaque para um texto que Ernani Só,
tradutor de Dom Quixote, de Cervantes, enviou para o Turco em 2003 —
conteúdo que permaneceu inédito por uma década.
Fonte:
www.gazetadopovo.com.br
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